Às vezes, as coisas não são ditas e aquilo que se queria dizer fica guardado por muito tempo. Por isso, a capacidade de identificar nas atitudes e no comportamento o que alguém deseja falar, mas ainda não consegue, é um exercício positivo para quem está em busca de melhorar essa competência.
Outro ponto é tentar reconhecer em si mesmo essa dificuldade. Por exemplo: no dia a dia de um casal, uma pia de louças sujas pode ser motivo para uma grande briga. É possível que dizer "Eu sou o único a cuidar da casa" tenha um impacto diferente de "Eu me sinto triste quando você não vê que estou cansado". Ou seja, exercer a comunicação de forma não violenta viabiliza um diálogo de mais compaixão, sem acusações.
O problema, no entanto, é que a paciência com pessoas que não conhecemos tende a ser maior. Colocamos as máscaras da simpatia, da resiliência, da compreensão e até mesmo da empatia a fim de tentar nos adequar às situações e, principalmente, às expectativas do outro. Buscamos recursos para moldar socialmente os comportamentos aceitáveis, mas essas máscaras não duram o tempo o todo e caem no fim do dia. Por isso, a dica especial para ser uma pessoa ainda mais empática é treinar essa habilidade com os seus: desatar os nós para melhorar os laços.
De acordo com Capelas, também é importante ter em mente que a empatia nunca prejudica os relacionamentos. "Eu só posso ser empático com alguém se eu for empática comigo mesmo. Isso significa que eu posso compreender as minhas misérias emocionais, posso perdoar as minhas mazelas, fortalecer os meus talentos, me apropriar dos meus recursos internos, aprender a ser proprietária de mim e, assim, ser empática com o outro", diz.
muito bom...
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