Verão é época de bem-estar, sol, mar e calor, mas é preciso estar atento aos perigos que envolvem a estação. Um dos mais recorrentes é quando você encontra uma água viva. Para evitar que seu período de descanso vire um pesadelo, saiba o que fazer em caso de acidente com esse animal marinho.
O que é a água viva?
A água viva é um animal gelatinoso e peçonhento. É nos tentáculos do bicho que ficam os nematocistos, células que expelem o temível líquido venenoso. Ele pode causar de irritações severas à paralisia do sistema nervoso central. As sensações variam de acordo com a espécie.
Se a água viva for do tipo envolvente, ela se enrola no pelos da pele. Com a reação de coçar o local, estoura-se uma bolsa na qual se encontra o liquido peçonhento, ocasionando o acidente. Se for do tipo penetrante, o veneno é disparado com muita força sobre a pele, causando lesões.
É no verão que ocorrem mais acidentes com água viva, pois essa é a época da reprodução desses animais. Eventualmente, uma corrente marinha pode trazer um aglomerado de machos e fêmeas para próximo das praias, o que possibilita um número maior de incidentes com banhistas.
O que fazer em um acidente com água viva
Para cessar a dor intensa causada por uma queimadura de água viva, muitos podem tomar atitudes que agravem ainda mais a situação. Por esse motivo, é necessário manter a calma e seguir um protocolo simples.
De acordo com Marcelo Szpilman, diretor do Instituto Ecológico Aqualung, a primeira atitude a tomar é sair da água e lavar o local com água do mar. Nunca utilize água da torneira ou qualquer outro líquido, nem tente tirar os tentáculos esfregando qualquer material.
Depois, por dez minutos, lave o local afetado com vinagre e, passado esse período, comece a tirar os tentáculos cuidadosamente com uma pinça.
Banhe a pele irritada com água do mar novamente e, por cerca de 30 minutos, lave com vinagre. A função do vinagre não é aliviar a dor, mas desativar a descarga de veneno. Para diminuir a sensação dolorosa, o recomendado são analgésicos ou corticoides. Bolsas de gelo também ajudam sensivelmente como anestésico.
Muitos, na hora da dor, seguem conselhos de pessoas que querem ajudar a vítima, porém sabem pouco ou nada sobre esse tipo de acidente. Sem comprovação cientifica, incentivam até o uso de urina no local, o que não é recomendado.
Outra recomendação é nunca usar qualquer tipo de solução alcoólica na região. Isso porque o álcool pode aumentar a descarga de veneno e, obviamente, a dor.
Casos mais graves
É possível que a vítima, ao ser retirada do mar, esteja se debatendo e fique calma repentinamente. Essa mudança pode alertar para uma disfunção do sistema nervoso central, causada pelo nível de veneno na corrente sanguínea.
É necessário, sempre que possível, buscar auxílio médico ou de um profissional de saúde. Nos casos mais graves, o acidente com a água viva pode requerer uma assistência intensiva que inclua reanimação cardiopulmonar e auxílio para respirar.
Em caso de queimaduras, siga rigorosamente as orientações. Mesmo que, aparentemente, elas não apresentem nenhum risco, consulte um médico o quanto antes.
Fonte: http://vivomaissaudavel.com.br/
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